domingo, 15 de novembro de 2009

Soneto á Severa Romana, de J.B.

“À terra, a mãe piedosa de onde viste,
De novo te acolheu no teu próprio seio.
Dorme, pois, sem cuidado e sem receio
Flor de pureza, sensitiva agreste!

Seja-te guarda a compaixão celeste,
Lírio que ao lodo sempre foste alheia,
E que em teu cálice puro e casto veio
Da virtude mais cândida trouxeste.

No silencio e na paz triste do nada,
Esquece a hora fatal, ensangüentada,
Da tua morte, trágica e sublime.

Porque, lembrando o tei destino rude,
Ficou teu nome uma halo de virtude,
Fulgindo acima do marnel do crime”

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